Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (20), as chuvas registradas nas últimas semanas ajudaram a recuperar parte das lavouras de soja no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões que enfrentavam estresse hídrico. No entanto, as altas temperaturas e o abafamento no início de fevereiro causaram murchamento das plantas durante o dia, o que pode comprometer a produtividade, sobretudo das cultivares precoces.

Na região de Pelotas, 42% das lavouras estão em floração, 27% em desenvolvimento vegetativo e 31% no enchimento de grãos. As chuvas recentes ajudaram a aliviar a seca, mas o calor excessivo ainda preocupa os produtores.

Em Santa Maria, as perdas registradas são irreversíveis para algumas lavouras, mas as culturas ainda em fase vegetativa podem se recuperar, caso as chuvas continuem regulares.

Já em Santa Rosa, 15% das lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo, 38% em floração e 43% no enchimento de grãos. O estresse hídrico generalizado afetou as plantações antes das chuvas, resultando na perda de estruturas vegetativas e reprodutivas. As áreas plantadas em dezembro apresentam porte reduzido e dificuldades no crescimento, o que deve impactar a colheita. Os cultivos irrigados, por outro lado, demonstram excelente desenvolvimento.

A falta de seguro agrícola segue como um problema, já que muitos produtores enfrentam dificuldades no acesso a coberturas privadas e restrições legais que impedem a proteção das lavouras.

Na região de Soledade, as chuvas foram expressivas e beneficiaram as cultivares de ciclo longo, mas as precoces já apresentam produtividade abaixo do esperado.

O levantamento da Emater/RS-Ascar apontou uma leve alta de 0,18% no preço da saca de 60 kg da soja, que passou de R$ 124,91 para R$ 125,13. A comercialização segue estável no estado.

FONTE: AGROLINK