Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (23), a estiagem que atinge o Rio Grande do Sul está afetando severamente as lavouras tardias de milho da região Centro-Oeste, especialmente aquelas em floração e enchimento de grãos. Parte dessas áreas está sendo redirecionada para forrageamento direto ou produção de silagem, devido à falta de viabilidade produtiva.

Na Região Leste, a frequência de chuvas permanece dentro da normalidade, favorecendo as lavouras em fases produtivas sem impactos significativos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita avança sem grandes restrições. Após as chuvas, os trabalhos foram retomados rapidamente, mesmo com a umidade dos grãos mais elevada, para liberar áreas destinadas à safrinha, com foco principal na soja e, em menor escala, no milho.

Em São Borja, 80% das lavouras já foram colhidas. Em Maçambará, o índice é de 50%. Já em Manoel Viana, as áreas de primeira safra, semeadas até o início de setembro, registram produtividades de 5.400 kg/ha a 8.400 kg/ha em sequeiro e superam 12 mil kg/ha em áreas irrigadas. Por outro lado, em Santana do Livramento e São Gabriel, as lavouras tardias implantadas a partir de outubro sofreram perdas expressivas, com algumas sendo destinadas diretamente ao forrageamento.

Na Campanha, em municípios como Hulha Negra e Aceguá, chuvas superiores a 30 mm entre os dias 16 e 19 de janeiro beneficiaram as lavouras, permitindo a retomada e conclusão do plantio, além do reinício do controle de plantas daninhas. No entanto, a aplicação de fertilizantes nitrogenados e potássicos ainda depende de novas precipitações para garantir maior eficiência.

FONTE: AGROLINK