17 Apr, 2023

A área cultivada de soja no Estado é de 6.513.891 hectares. A produtividade atual é estimada em 2.175 kg/ha. Os dias ensolarados e a baixa umidade relativa do ar favoreceram a perda de umidade dos grãos e contribuíram para a finalização de ciclo da oleaginosa. De acordo com dados do Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, a colheita avançou significativamente, atingindo 32% da área cultivada. Da mesma forma, a área em maturação avançou para 51%, restando 17% em floração e enchimento de grãos. A produtividade permanece muito variável entre as localidades e regiões. Os maus resultados obtidos no momento, principalmente a Oeste, indicam que a produtividade ainda pode ser inferior à estimada, caso não haja compensação produtiva das cultivares de ciclo mais tardio ou de regiões menos afetadas, localizadas a Nordeste e a Leste do Estado. No momento, há uma grande demanda dos produtores por cobertura de seguros agrícolas. Nas duas últimas semanas, a Emater/RS-Ascar recebeu dos agentes financeiros, em média, 300 solicitações por dia para vistorias de Proagro, oriundas principalmente da região Oeste do Estado. Os principais componentes que estão influenciado o rendimento inferior por hectare ? todos decorrentes das reduzidas precipitações durante o ciclo da cultura ? são: baixo peso dos grãos, menor número de grãos por planta e plantas com tamanho reduzido. Em alguns casos, também já se observa perdas de grãos devido à deiscência de legumes, causada pela maturação desuniforme. Nas lavouras afetadas pela estiagem, há uma proporção elevada de grãos com coloração esverdeada e com tegumento enrugado no produto colhido, mas, mesmo assim, a classificação se encontra dentro do padrão comercial. As lavouras do tarde, que ainda estão na fase de enchimento de grãos, apresentam potencial produtivo maior do que as lavouras da primeira época de plantio (outubro a dezembro), mas apresentam porte aquém do desejado, o que pode interferir na produtividade. Em parte das lavouras, há incidência significativa de doenças de final de ciclo, sendo necessária a aplicação de fungicidas para proteção da área foliar, de maneira que permaneça verde por mais três ou quatro semanas e proporcione adequado enchimento de grãos nas vagens fixadas. Os produtores prosseguiram as pulverizações por meio do uso de herbicidas desfolhadores para a uniformização da maturação, dada a diferença de vagens maduras e verdes nas mesmas plantas. FONTE: AGROLINK