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SAFRA 2020/2021
RS tem áreas com perda total no milho verão; SC vai colher 700 mil/t a menos
26/11/2020 - 08h11min
A falta de chuvas perdura na Região Sul do país e os relatos de produtores apontando perdas nas lavouras da safra verão de milho vão crescendo dia após dia. Em seu último Boletim de Monitoramento Agrícola para o mês de novembro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) confirmou que os prejuízos já aparecem na região Sul do país.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que, na Região Sul, as chuvas foram irregulares com baixos volumes de chuva em grande parte dos três estados. Diante deste cenário de irregularidade espacial das chuvas na Região Sul, os valores de armazenamento hídrico do solo foram inferiores a 35% sobre o noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e parte central e oeste do Paraná.

Na avaliação dos técnicos do Inmet, as condições de umidade do solo não foram suficientes para avançar os trabalhos de semeadura das culturas de verão, bem como estabelecer o desenvolvimento delas que estão em campo.

O Rio Grande do Sul é o estado mais afetado pela falta de umidade que segue dificultando o avanço da semeadura e o desenvolvimento das lavouras já implantadas, mas Santa Catarina e Paraná também já têm perdas.

A situação do milho é muito crítica. As lavouras fora de pivôs estão sofrendo muito pela falta de chuvas. Os milhos irrigados estão resistindo, mas as reservas de água estão se esgotando, diz Décio Teixeira, presidente da Aprosoja RS.

Na região de São Borja, que fica na fronteira Oeste do estado na divisa com a Argentina, de janeiro até agora foram registrados apenas 800 mm de chuvas quando o normal para o ano todo seriam cerca de 1500 mm. De junho até novembro foram apenas 300 mm contabilizados.

O milho já tem perdas de 70% da produção esperada e muitas lavouras estão totalmente perdidas. Apenas as áreas irrigadas devem ter produção, mas mesmo elas também estão com perdas, já que os rios e as barragens estão com níveis baixos devido à falta de chuvas, pontua o engenheiro agrônomo do Sindicato Rural de São Borja/RS, Albano Strieder.


Mais ao norte, Carazinho é outro município que enfrenta dificuldades com o milho. O vice-presidente do Sindicato Rural, Paulo Vargas, explica que muita gente já optou por nem plantar o milho neste ano e quem arriscou está contabilizando perdas de produtividade com o mau desenvolvimento das lavouras.

Eu não plantei milho, pois ano de La Niña costuma ser muito complicado mesmo. Amigos meus que plantaram estão com milho de um metro pendoando sem chuvas e as perdas já estão concretizadas. A queda deve ser em torno de 50%, mas têm regiões com perda total. Só se salva o milho irrigado, afirma Vargas.

Em uma região mais central, Tupanciretã também enfrenta graves dificuldades para as lavouras de milho com perdas tanto na silagem quanto no grão, até mesmo em áreas irrigadas.

Estamos vivendo uma situação climática adversa para o milho, hoje já são 31 dias sem chuvas. O milho grão de sequeiro está com 90% de perda e no irrigado também existem perdas que serão mensuradas apenas na colheita, uma vez que não conseguimos suprimir a demanda do clima só com água, conta o engenheiro agrônomo e consultor técnico, José Domingos Teixeira

Como reflexo dessa situação, os rebanhos bovinos do município também irão sofrer no momento da alimentação mais a frente. O milho para silagem já tem queda de 70% a 80% porque o volumoso não vai ter qualidade de proteína, então os animais que vão receber refeições nos cochos não terão qualidade de energia que é o que o milho mais supre para os bovinos ruminantes, diz.

Na avaliação da Conab, as regiões Norte, Noroeste e Missões, são onde se encontram a maior parte da produção das lavouras de sequeiro, e onde já se verifica redução no rendimento. Na área irrigada, que representa aproximadamente 15% do total semeado, também se verifica um desequilíbrio hídrico entre a irrigação e o aumento da evapotranspiração pela baixa umidade do ar, aponta a companhia.

Apesar desses relatos, a Emater/RS-ASCAR evita falar em perdas de produtividade e produção neste momento, em que, segundo dados da entidade do final da última semana, 80% das lavouras gaúchas haviam sido semeadas.


O que temos no momento é prejuízo. Estamos com uma estiagem atingindo boa parte do estado, porém ainda estamos em período de plantio e parte do milho deverá ser replantado. Então tem o prejuízo de ter colocado a semente e o adubo, mas pode reimplantar agora com a expectativa de ter rendimento. Deve haver um rearranjo de área plantada no estado em função dessa estiagem, mas ainda dá para recuperar, diferentemente de uma estiagem lá em janeiro que ai sim tem uma perda estabelecida, explica o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri.

Na avaliação de Rugeri, apesar dos prejuízos com uma nova semeadura, os atuais patamares de preços para a venda da soja e do milho garantem que os produtores gaúchos ainda tenham rentabilidade mesmo no caso de realizar replantio em 100% das suas áreas.

Santa Catarina

Outro estado bastante impactado é Santa Catarina. De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab, o estado registrou chuvas retornando na primeira quinzena de novembro que aliviaram parte do estresse hídrico, mas ainda assim a produtividade deverá ser afetada.

Os dados da Epagri/Ciram indicam que choveu apenas metade do previsto para o ano e o déficit hídrico já ultrapassa os 900mm nas principais região produtoras no Oeste, Extremo Oeste e Meio Oeste, na seca que já é considerada como a pior dos últimos 15 anos.

Conforme relata a Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina), a lavoura de milho, cujo plantio foi finalizado, aponta perdas de mais de 700 milhões de toneladas na safra, 6,75% a menos para o milho silagem e 4,12% de queda no milho grão.

Na silagem, na região Extremo Oeste a perda média é de 13,76%, enquanto no Oeste fica em 7,24%. Já no grão, o maior impacto está no Extremo Oeste, onde a quebra de produção média é de 19,07% e de 9,2% no Oeste. Neste cenário, a produção esperada é de 2,8 milhões de toneladas

As lavouras de grãos conseguiram sobreviver no ano passado, proporcionando rentabilidade aos produtores. Neste ano, as perdas serão grandes, especialmente no milho e pastagens. Infelizmente as previsões não são nada boas e a situação em Santa Catarina é dramática, nunca vista antes, avalia o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri.


Na região de Campos Novos, o déficit hídrico já chega à 500mm, segundo medições da cooperativa Copercampos, em uma cenário típico de anos com a ocorrência do La Niña e que já causa perdas significativas nas principais lavouras da região.

O engenheiro agrônomo da Coparcampos, Fábio Luiz Ceni relata que as lavouras de milho verão já foram totalmente implementadas na região e, com chuvas registradas de apenas 5 ou 10mm, as perdas ganham força. Algumas áreas de cobertura da cooperativa registram 100% de perdas e a média de prejuízo já é de 50% do potencial, diz.

Paraná

Já no Paraná a situação é um pouco melhor. O último relatório semanal do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná reportou que o plantio do cereal no estado foi concluído e que a qualidade das lavouras melhorou em relação à semana anterior.

Até a segunda-feira (23) eram 76% das lavouras em boas condições, 20% em médias e apenas 4% ruins. No boletim anterior, estes índices eram de 71%, 25% e 4%, respectivamente.

O analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, aponta que o estado vive uma estiagem histórica que prejudicou os trabalhos de plantio desta safra, mas mesmo assim, a expectativa segue sendo de boa produção, estimada pelo departamento entre 3,4 e 3,5 milhões de toneladas.

Gervásio relata ainda que aconteceram chuvas nas últimas semanas que ajudaram a recompor a situação, mas que novas precipitações ainda são necessárias para a manutenção deste potencial e o prosseguimento dos tratos culturais nas lavouras.

Fonte: Notícias Agrícolas
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A Cooperativa Agrícola Tapejara Ltda denominada COTAPEL, iniciou suas atividades em 23 de outubro de 1985.
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