O clima seco prevalece na Argentina, com as condições de cultivo ficando cada vez piores. Por este motivo, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), em seu Panorama Agrícola Semanal (PAS), reduziu a projeção de produção de soja do país para 44 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas a menos do que sua estimativa anterior, 10 milhões de toneladas a menos do que o estimado no início da safra e 13,5 milhões de toneladas a menos do que no ano passado.

Durante fevereiro, como informa o PAS, apenas setores isolados registraram picos de chuvas abundantes no centro e no sul da região agrícola, enquanto a maior parte da área plantada registrou perdas irreversíveis em seu potencial de rendimento.

Salvo no norte do país, a soja de primeira etapa se aproxima da colheita sem chances de recuperação e com importantes quedas nas expectativas de rendimento, abaixo das médias históricas. O cenário nos quadros de segunda etapa é ainda mais drástico, dado que muitos lotes não tiveram um bom desenvolvimento vegetativo.

Durante os últimos sete dias, estima-se que mais de 1 milhão de hectares entraram em período crítico e, até a data de hoje (1), 58% da superfície nacional passa por alguma das etapas de definição de rendimento - em grande parte, sob condições adversas e sem chances de recuperação nos casos mais avançados.

A previsão climática a curto prazo, juntamente com a perda de condição hídrica no Nordeste Argentino, aumentam a probabilidade de manter a tendência de produção em queda nas próximas semanas.

Por: Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas